ode à infância perdida…
Ecoa um gemido rouco
apático o coração
Esvaia-se um olhar vazio
e tímidos gestos que são
sinónimo de um amanhã
tingido pelo negrume
oco de esperança e pão.
Ergue-se um corpo a crescer
com a vida a passar-lhe à volta
combalido de tristeza
sem saber o que é revolta
que morre antes de nascer.
É, pois, urgente inventar
algo que não seja em vão:
um Mundo digno e justo
onde a Infância a sonhar
jamais seja abandono
com odor a solidão.
(Lourdes Custódio)
a fotografia e o poema foram publicados na revista DP – Arte Fotográfica nº 22 (Fevereiro de 2010), subordinada ao tema Imagens com Palavras…
um beijinho à Lu, que escreveu este magnífico poema para a fotografia.
aceder aqui às 39 fotografias…
aguarde que as setas para a esquerda e direita apareçam…
sinal de que todas as 39 fotografias estão lidas…
2010/03/27 às 15:37
Mais uma grande série… Tenho de experimentar aquela técnica de movimentos humanos na cidade… Já vi algumas fotos daquele tipo e gostei muito 😉 … Abç
2010/03/02 às 12:42
Fotografias lindas, como sempre. Algumas de rosas são tão perfeitas que chegam a ser um “espanto”. A da boneca no chão é muito triste, já a havia comentado antes. Interessante o significado que se pode atribuir à algumas outras. A infância abandonada é uma tragédia social. O poema é bonito. Parabéns, António.
2010/03/02 às 07:53
querido António, fiquei extremamente sensibilizada e comovida. Primeiro com a magnífica foto. Depois com o magnífico texto. Parabéns aos dois autores! Posso partilhar esta relíquia no facebook? Aguardo consentimento!
Beijo, Maria
2010/03/02 às 08:50
claro que podes, amiga…
bjo.