Arquivo de Fevereiro, 2010

promessas…

Posted in mumentus with tags , , , on 2010/02/27 by António J. S.

Escuteiros Marítimos do CNE – Agrupamento 235 da Figueira da Foz

Não quero ficar na memória das gentes
Devido a riquezas que saiba guardar,
Prefiro lembranças, quiçá mais decentes,
Nascidas das causas que soube abraçar.

 
Não quero tornar-me modelo de alguém
Por ocas palavras, discursos à toa,
Prefiro tornar-me lembrança de quem
Escute em meus versos a alma que ecoa.

 
Não quero sentir sedução pelos mundos
Que não reconhecem os homens de bem,
Nem mesmo respeitam a fé de ninguém;

 
Prefiro guardar sentimentos, profundos,
De paz e justiça, partilha e amor,
Tornados premissas dum mundo melhor.
(Vítor Cintra)

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vigília…

Posted in mumentus with tags , , , on 2010/02/26 by António J. S.

Escuteiros Marítimos do CNE – Agrupamento 235 da Figueira da Foz

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poemas de fim de tarde…

Posted in mumentus with tags , , on 2010/02/21 by António J. S.

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entre o céu e a terra…

Posted in mumentus with tags , , on 2010/02/19 by António J. S.

Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.

Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.

Por que da sua distância
Para a minha companhia
Não baixava aquela estrela?
Por que tão alta luzia?

E ouvi-a na sombra funda
Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do meu dia…
(Manuel Bandeira)

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cor… alegria… e muita chuva… (2)

Posted in mumentus with tags , , , on 2010/02/17 by António J. S.

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cor… alegria… e muita chuva… (1)

Posted in mumentus with tags , , , on 2010/02/17 by António J. S.

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retratos de família…

Posted in mumentus with tags , , on 2010/02/16 by António J. S.

Desejo uma fotografia
como esta – o senhor vê? – como esta:
em que para sempre me ria
como um vestido de eterna festa.

Como tenho a testa sombria,
derrame luz na minha testa.
Deixe esta ruga, que me empresta
um certo ar de sabedoria.

Não meta fundos de floresta
nem de arbitrária fantasia…
Não… Neste espaço que ainda resta,
ponha uma cadeira vazia…
(Cecília Meireles)

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passageiros da neblina…

Posted in mumentus with tags , , on 2010/02/15 by António J. S.

No meu sonho desfilam as visões,
Espectros dos meus próprios pensamentos,
Como um bando levado pelos ventos,
arrebatado em vastos turbillhões…

Num espiral, de estranhas contorções,
E donde saem gritos e lamentos,
Vejo-os passar, em grupos nevoentos,
Distingo-lhes, a espaços, as feições…

– Fantasmas de mim mesmo e da minha alma,
Que me fitais com formidável calma,
Levados na onda turva do escarcéu,

Quem sois vós, meus irmãos e meus algozes?
Quem sois, visões misérrimas e atrozes?
Ai de mim! ai de mim! e quem sou eu?!…
(Antero de Quental)

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gaivotas…

Posted in mumentus, Uncategorized with tags , , on 2010/02/11 by António J. S.

Contente de me dar como as gaivotas
bebo o Outono e a tarde arrefecida.
Perfeito o céu, perfeito o mar, e este amor
por mais que digam é perfeito como a vida.

Tenho tristezas como toda a gente.
E como toda a gente quero alegria.
Mas hoje sou dum céu que tem gaivotas,
leve o diabo essa morte dia a dia.
(
Eugénio de Andrade, Com as gaivotas)

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mumentus na aldeia II…

Posted in mumentus with tags , , on 2010/02/09 by António J. S.

E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais 
são os mesmos…

E por vezes encontramos de nós em
poucos meses o que a noite nos fez
em muitos anos…

E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que
por vezes
ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro da noite, não os meses,
lá no fundo dos copos encontramos

E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes… por vezes… ah por vezes
num segundo se evolam tantos anos…
(David Mourão Ferreira)

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com asas…

Posted in mumentus with tags , , , on 2010/02/08 by António J. S.

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controle a velocidade e direcção com o “pointer” do rato…

a cidade…

Posted in mumentus with tags , , on 2010/02/06 by António J. S.

Não é que aprecie o autor e o que ele significa e personaliza, mas o texto é cada vez mais actual:
“A miséria parece uma secreção do progresso, da civilização.
Não é nos campos (até em plena crise), onde a vida é simples e sem ambições, que a miséria se torna aflitiva, dramática.
A sua tragédia sem remédio desenvolve-se antes nas cidades, tanto mais insensíveis e duras quanto mais civilizadas.
A mecanização, o automatismo do progresso que transforma os homens em máquinas, isolam-no brutalmente substituindo os seus gestos e impulsos afectivos por complicadas e frias engrenagens.
O homem das cidades, modelado, esculpido na própria luta com os outros que lhe disputam o seu lugar ao sol, é talvez, sem reparar, a encarnação do próprio egoísmo.
(António de Oliveira Salazar)”

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