mumentus na aldeia…
Ó sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro da minha alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.
Por mais que tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho,
Soas-me na alma distante.
A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.
(Fernando Pessoa, Ó Sino da Minha Aldeia, “in Cancioneiro”)
mumentus 
2010/02/09 às 22:49
Só volto cá para repetir o que já de tanto ser dito já cansa.
O costume:Fotografias espantosas.
Nota-se uma empatia com as pessoas,que facilita imenso a obra.
Espanta-me,ainda e mais uma vez,a simplicidade das composições.
Há uma foto dum velho em perfil,triste e dura como a solidão.
Provoca-me uma melancolia que não encontro explicação.
Talvez por de relance me lembrar meu velho avô há muito recolhido ao Eterno.
Saiba então,que isto é ARTE.
Viva a República.
Viva Portugal.
Abaixo a monotonia.
2010/02/05 às 19:12
Boa tarde António, e vim ver o seu site…blog? Algumas fotografias já conhecia, outras vou conhecendo e estou a gostar bastante! Desta série, a foto 32, está soberba! Fantastica! Parabéns! Gostei tambem muito da 46. Vou fazer um workshop de fotografia este sabado, e nao tarda compro a minha maquina…está quase 🙂 Isto para dizer que com os seus incentivos e de mais pessoas, vou me empenhar! Aos poucos vou vendo e apreciando, e aprendendo por aqui. Obrigada!
2010/02/05 às 11:00
excelente e belo trabalho!! Parabéns!!!
Amigo António estamos á espera de mais belos trabalhos!!
2010/02/01 às 18:03
Cá cheguei para a visita prometida!!! Magníficos trabalhos que desconhecia. Sempre irei passando por cá. Abraço.
2010/01/26 às 03:03
estas cenas, estes rostos, as sombras e a luz, o puto com as botas do pai ou do avô… enfim, tens tudo, tudo para dares a mostrar a tanta gente… perfeito e belo, com uma forma tão especial de criar e recriar, não sei que se possa dizer mais porque melhor, pode haver, sim, mas a ti eu conheço e apetece-me gritar a toda a gente, vejam, visitem, aprendam!!! está uma maravilha esta série de mumentus!!
2010/01/26 às 01:22
Um poema que ilustra tantas coisas boas. Saudosas lembranças embutidas em uma imagem…
Eu, que nunca toquei Portugal, me emociono com esas coisas. Sou dura na maioria das vezes, mas me derreto em lágrimas e emoção quando ouço falar de Portugal, terra de minha mãe. É como se nos meus gens estivessem registrados imagens e fatos não vivenciados, mas presentidos.
2010/01/25 às 23:28
Dos mais bonitos poemas de Fernando Pessoa que se enquadra na perfeição com esta fotografia!
Volto aqui mais vezes, de certeza 🙂
2010/01/25 às 21:50
Amei estas fotografias…Perfeitas, como sempre. Lindas, como sempre. Tão repletas de sentimento e alma… Gosto muito de tudo que você faz, mas os retratos e situações da vida cotidiana são particularmente esplêndidos… O poema do querido Fernando Pessoa ficou um primor aqui…
Além de tudo, eu nunca tinha visto uma aldeia portuguesa e, sob a sua ótica, foi maravilhoso. Bucólico, nostálgico, suavemente triste.
Parabéns.
Bjo.
2010/01/25 às 12:13
Belissimo trabalho! Momentos singelos que merecem ser eternizados como nos ensinou Cartier Bresson. Parabens pela foto!!
2010/01/25 às 00:57
Já conhecia algumas (poucas…) destas magníficas imagens! É um conjunto espectacular de retratos a p&b que encantam quem goste de FOTOGRAFIA!!! Muitos PARABÉNS António e um abraço